
A Pastoral da Aids da Arquidiocese do Rio de Janeiro promoverá a primeira edição da Vigília pelos Mortos de Aids, dia 15 de maio, às 18h, na Paróquia Cristo Redentor, localizada na Rua das Laranjeiras, 519, em Laranjeiras.
“Vamos nos reunir como Igreja para rezar por aqueles que se foram, pelas famílias que sofreram a perda, pelas pessoas que estão vivendo e convivendo com o HIV”, disse o diácono Bernardo Rangel Tura, coordenador da pastoral na arquidiocese.
Todos os anos é promovida a “Vigília Internacional Pelos Mortos de Aids”, promovida pela comissão nacional da Pastoral da Aids no terceiro domingo de maio. A atividade tem esse ano a proposta “Unidos contra a Aids: envolver, informar e empoderar”.
Em 2016, a vigília pretende envolver as pessoas, comunidades, governos e doadores para acabar com a epidemia. Também informar as gerações atuais sobre HIV, tratamento, prevenção e cuidados. E ainda, empoderar as pessoas que vivem com HIV para defender seu direito de viver, sem estigma e discriminação, descreveu a pastoral.
A vigília é uma iniciativa da Rede Mundial de Pessoas que Vivem com o HIV, uma das maiores e mais antigas campanhas de mobilização popular para promover a sensibilização e mobilização sobre o HIV no mundo. Iniciou, em 1983, por um grupo formado por mães, parentes e amigos de pessoas que morreram por causa do HIV, em Nova Iorque. É celebrada com a liderança de organizações comunitárias, sanitárias e religiosas de 115 países.
No Brasil, a Pastoral da Aids foi criada em 1999 e tem a missão de atender às necessidades físicas, psíquicas e sociais das pessoas que vivem com o vírus, além de promover ações de prevenção e contribuir para a contenção da epidemia.
Uma nova pastoral
Na Arquidiocese do Rio, a Pastoral da Aids foi fundada em dezembro de 2015. O grupo, que começou com três agentes e hoje já tem 11, está em fase de formação e divulgação, mas já participou de dois grandes eventos. Uma divulgação no Dia de São Sebastião, na Basílica Santuário de São Sebastião, na Tijuca, e no Dia Estadual do Diagnóstico Precoce, 7 de abril, quando o grupo esteve fazendo testagem na Cinelândia.
Segundo o diácono Bernardo Tura, a Pastoral da Aids tem quatro braços. O primeiro é o braço do acolhimento, para serem acolhidas tanto as pessoas que tenham a doença, quanto as que tenham apenas o vírus no organismo; o segundo é o compromisso com a prevenção: instruir as pessoas, deixar claro como acontece a transmissão do HIV e as formas eficientes de prevenção; o terceiro, formação; e, o quarto, é o braço político, que visa os direitos ao tratamento e à proteção social.
“As formações não serão só para os nossos agentes, mas vamos formar as pessoas sobre o que é a Aids, o que é HIV. Nossa meta é irmos aos vicariatos e, mais futuramente, às paróquias para dessa forma combater o preconceito e ajudar no acolhimento”, contou o diácono.
A Pastoral da Aids tem como motivo maior das ações sociais e políticas o âmbito espiritual. “Nós estamos aqui porque vamos garantir a dignidade da pessoa humana criada por Deus; não podemos permitir que essa pessoa esteja de alguma forma humilhada”, finalizou.

06/05/2016 - Atualizado em 09/05/2016 11:11