A Festa da Unidade arquidiocesana acontecerá no dia 12de novembro pela manhã. Neste memorável dia, iremos participar do fechamento da porta santa da Misericórdia em nossa Catedral. Será uma bela oportunidade para, ao lado de nosso Arcebispo, celebrar a Unidade e o compromisso de evangelização. Nossa comunidade de fé é chamada a testemunhar esta comunhão fundamentada em Cristo Jesus.
Esse encontro anual deseja reforçar nossa meta de avançar no compromisso de Unidade, ao colocar, como ação norteadora de todas as nossas decisões, a vida de comunhão concretizada na obediência e na fidelidade.
Sabemos que essa decisão deve partir de uma vida que se abre à ação do Espírito Santo, o qual vem recordar e convencer sobre a verdade de todas as coisas. O Espírito Santo vivifica e sustenta nossa caminhada. Certamente Sua presença nos impulsiona para a celebração do amor e da pertença eclesial enquanto momento fecundo de encontro com Cristo na vida do irmão.
Sendo a busca da Unidade uma virtude imprescindível na vida de fé, fatores adversos querem solapar esse compromisso fraterno. Cabe a nós estarmos vigilantes para não permitir que ideologias, adversidades momentâneas, obstáculos e vaidades impeçam que celebremos a unidade em nossa comunidade.
O Papa Francisco, ao centrar a sua reflexão a respeito da Unidade dos Cristãos na “prece de Jesus a Deus” narrada em Jo 17, 20-26, comenta:
“Que pede Jesus ao Pai nesta prece?”. Diz talvez: “Oro por eles para que a sua vida seja boa, tenham dinheiro, sejam felizes, nada lhes falte?”. Não, “ora para que todos sejam um só: ‘Como Tu estás em mim e Eu em ti’”. Reza “pela nossa unidade, pela unidade do seu povo, da sua Igreja”. Sabe bem que «o espírito do mundo, o espírito do pai da divisão, é um espírito de guerra, inveja, ciúmes”, presente “até nas famílias, nas ordens religiosas, nas dioceses, na Igreja: é a grande tentação”. Assim, “a profunda prece de Jesus” é de nos “assemelharmos” ao Pai: “Como Tu, ó Pai, estás em mim e Eu em ti”, na “sua unidade com o Pai”.
As palavras do Papa tocam no cerne de uma realidade triste e desafiadora que encontramos em nossa vida eclesial: a falta de unidade e uma certa cultura da insubordinação, a atingir tanto leigos como clérigos, provocando escândalo no seio da Igreja. Isso é muito grave, e precisamos lutar muito para que não sejamos motivo de dissensões e falta de caridade.
Neste aspecto, o desejo de nosso Cardeal Arcebispo em celebrar a Unidade é que todos nos empenhemos na vivência de uma fé autêntica e testemunhal, superando vaidades e conflitos. Ao mesmo tempo, reafirma nosso amor em Cristo, mais forte que certas tensões de momento, as quais não podem ser barreiras intransponíveis ao que realmente importa. Somos irmãos e irmãs, membros da mesma família que ama a Deus e que, por isso, anseia por celebrar, em todos estes momentos, a riqueza que é pertencer a uma comunidade de discípulos reconciliados.
Vivamos a Unidade. Celebremos esse amor que não podemos permitir seja dissipado pela onda destrutiva do espírito do mundo.
08/11/2016 - Atualizado em 08/11/2016 11:54