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Notícia - Encontro da Pascom debate situação da mulher na sociedade

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Na data em que o mundo inteiro tem os olhos voltados para as mulheres, elas se tornaram o foco do primeiro encontro da série “Diálogos do nosso tempo”, promovido pela Comissão Arquidiocesana da Pastoral da Comunicação (Pascom Rio), no dia 8 de março, no Edifício João Paulo II, na Glória.

Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, a primeira edição abordou o tema “Mulher: direitos e papel na sociedade hoje”, cujo intuito foi o de mergulhar no universo feminino e debater sobre as dificuldades, missão e dignidade da mulher na sociedade.

Para o coordenador arquidiocesano da Pascom, padre Márcio Queiróz, a data foi escolhida a partir de um desejo de oferecer mais formações aos agentes da pastoral. Desta forma, foi decidido que os diálogos aconteceriam em momentos considerados importantes, como o Dia Internacional da Mulher.

“Numa de nossas reuniões verificamos que seria importante dar mais fundamentos e subsídios para os nossos agentes. Diante de tantas situações que surgem a cada dia, além das tantas polêmicas e questões, percebemos a necessidade de dialogar mais sobre os diversos vieses das situações, para que possamos, dessa forma, nos posicionar, não só como cristãos católicos, mas também como membros de uma sociedade. Com isso, separamos datas importantes para realizar esses diálogos, como o dia 8 de março. Por que dialogarmos para sabermos quais são os direitos e papel da mulher na sociedade? Como a mulher é vista e qual é a sua situação no mundo hoje?”, explicou.

Ainda de acordo com o coordenador, a ideia de promover o evento surgiu a partir do “Pátio dos Encontros”, promovido pela Arquidiocese do Rio, em abril de 2016, com o objetivo de incentivar o diálogo, especialmente entre crentes e não crentes. O projeto “Diálogos do nosso tempo” assume a missão de propagar a cultura do diálogo.

“A proposta é nos colocar em diálogo, pois isso é comunicação. É fazer com que as pessoas possam expressar, efetivamente, aquilo que pensam, mas de modo também presencial, não só nas redes sociais. O diálogo vai implicar também dois indivíduos que se encontram e trocam uma ideia olhando nos olhos”, afirmou padre Márcio.

De acordo com a coordenadora dos blogueiros católicos e mediadora do evento, Michelle Neves, além deste encontro, os agentes da Pascom também participam de outros que contribuem para a formação. Ela ainda acrescentou que esta é uma maneira de abordar sobre o dia a dia, porém à luz da fé.

“Esses encontros são essenciais para os nossos agentes. Na realidade, criamos mais um evento. Além deste, que possui um perfil diferente, temos o Retiro da Pascom e os encontros nacional e arquidiocesano de comunicação. Os “diálogos do nosso tempo” têm o objetivo de dialogar sobre questões do cotidiano e como isso deve ser trabalhado à luz da fé”, acrescentou.

Para conversar sobre as principais temáticas que envolvem a mulher, foram convidadas a professora e escritora Lúcia Matos, a assessora parlamentar da deputada estadual Martha Rocha, Suely Gusso, e a cantora Elba Ramalho. O encontro abordou diversos assuntos do mundo feminino, como aborto e violência contra a mulher, dois principais e preocupantes temas.

De acordo com Lúcia Matos, o ciclo de violência e preconceito contra a mulher é histórico. Ela ainda acrescentou que essa hostilidade só terá fim com a criação de políticas públicas.

“Esse processo de violência contra a mulher é histórico, principalmente contra a mulher negra, porque vivemos numa sociedade machista e racista. Então, por mais que tenhamos políticas públicas, essa é uma cultura predominante. Para que nós possamos ter condições de superar isso, será necessário que façamos, cada vez mais, políticas favoráveis para extinguir essas contradições”, destacou.

Já Suely Gusso ressaltou que o medo de perder o cônjuge faz com que muitas vítimas não denunciem os abusos e agressões. Para ela, a mulher precisa, além de ser respeitada, ser dona de si mesma.

“As mulheres temem denunciar os companheiros por medo de perdê-los; esse é um ponto primordial. Após realizar o registro de ocorrência, ela se arrepende e retoma a relação. Porém, na maioria das vezes, a mulher quando vai à delegacia já sofreu violência mais de uma vez. Já que a mulher deseja lutar por uma igualdade paralela ao homem, ela precisa se especializar em ser dona de si própria e ser respeitada”, ressaltou.

A cantora Elba Ramalho, ativista pró-vida há seis anos, associou o trabalho do movimento como o de ‘formiguinhas’, que trabalham a todo instante. Segundo ela, toda a abordagem precisa ser realizada, sobretudo com amor.

“A abordagem é esta: somos ‘formiguinhas’, ligadas à Pastoral da Saúde, defendendo a vida. Chegar ao movimento pró-vida foi uma bênção. Foi o momento em que Deus me disse, através de outras pessoas, para apagar tudo o que vivi e salvar vidas. A primeira vez em que fiz o trabalho ajudei a uma menina grávida de sete meses. Foi então que percebi que a aproximação precisa ser feita com muito amor, delicadeza e compaixão”, completou.

No fim do encontro, foi rezada uma Ave Maria em homenagem a todas as mulheres para que, a exemplo de Maria, Mãe e mulher, todas possam alcançar a felicidade.

SETOR DE COMUNICAÇÃO

Em comemoração pelo Dia Internacional da Mulher, o Vicariato para Comunicação Social e Cultura homenageou as colaboradoras que atuam no Sistema Arquidiocesano de Comunicação. Houve um momento de oração e a bênção do vigário episcopal, cônego Marcos William Bernardo, seguida de confraternização. Todas receberam botões de rosas.

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Fotos: Carlos Moioli

10/03/2017 - Atualizado em 10/03/2017 11:40


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