O silêncio diante da supressão da vida que nasce, nos torna cúmplices do crime do aborto.
É o que afirmam, em síntese, os bispos mexicanos em um comunicado divulgado por ocasião do Dia da Vida, que em nível nacional, foi celebrado no dia 25 de março, dia da Anunciação.
"A vida não é um bem que nós damos, mas um dom que recebemos - lê-se na mensagem, assinada pelo Bispo de Toluca e responsável pela Comissão Episcopal para a Vida, Dom Javier Chavolla Ramos. Ninguém pode violar a integridade de outro ser humano; nem com o objetivo de pesquisa, nem porque é idoso, com necessidades especiais, doente, incapaz de entender e querer, ou migrante".
Ideologia contra a família e confusão anti-humana
"Hoje, no México, são muitas as ameaças contra a vida familiar", voltadas a transformar, por via legal, o rosto e a dignidade do matrimônio, o respeito pela vida e a identidade da família.
Na sociedade atual, "a ideologia do respeito pelos animais é vivida como responsabilidade, enquanto matar um nascituro é concebido como um direito".
"Uma confusão anti-humana e criminosa - é a denúncia - está permeando em todo o país e hoje no México milhares de crianças nascidas são mortas".
O silêncio nos torna cúmplices do crime do aborto
Forte o chamado aos pastores, aos fieis e aos cidadãos: estes desafios nos interpelam, "temos uma séria responsabilidade humana e social". "As palavras do Anjo a Maria, "não temer", nos recordam para defender a vida sem medo".
"Que o tempo da Quaresma - são os votos - seja ocasião para corrigir os nossos erros, o primeiro do quais o silêncio, que nos torna cúmplices do crime do aborto.
O convite é para pedir perdão aos tantos seres humanos que perderam a vida com o aborto: "com o nosso silêncio contribuímos para a morte deles".
Foto: Arquivo
28/03/2017 - Atualizado em 28/03/2017 11:28