No dia em que a Igreja celebra Nossa Senhora de Fátima, o Papa Francisco canonizou os pequenos pastores Jacinta e Francisco Marto, que cem anos atrás, tiveram as visões e receberam a mensagem de Nossa Senhora. Em unidade com o Santo Padre, o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, presidiu na manhã de sábado, 13 de maio, a Missa Solene do Centésimo Aniversário da Primeira Aparição de Nossa Senhora de Fátima, no santuário dedicado à Mãe de Jesus, no Recreio dos Bandeirantes.
Em peregrinações, romarias, em família, com um grupo de amigos ou sozinhos, fiéis de todos os vicariatos, bairros e até de outras cidades do Estado do Rio participaram, emocionados, da Celebração Eucarística, no santuário que se destaca por ser a única réplica no mundo, idêntica da Capela das Aparições de Portugal.
Dom Orani ressaltou o Ano Mariano no Brasil e destacou que a devoção a Nossa Senhora de Fátima, tão presente no coração do povo brasileiro, nos ajuda ainda mais a viver este histórico Mês de Maio. Traçando uma linha do tempo ao recordar o ano de 1917, quando em Fátima, uma cidade de Portugal onde três meninos, Lucia de Jesus Santos, com 10 anos e seus primos Francisco Marto de 9 anos e Jacinta Marto de 7 anos, tiveram a visão de Nossa Senhora, Cardeal Tempesta exortou os fiéis sobre a necessidade dos homens renovarem o coração e viverem conforme a vontade de Deus para a transformação da sociedade.
“Quando a Igreja realiza a celebração de algum momento importante ela sempre tem uma razão. Maria quis há cem anos, através de três crianças, mandar uma mensagem a humanidade... Que o mundo precisava ser mudado, que podíamos ter esperança, pois o mundo poderia ser melhor. Mas que para isso era necessário que as pessoas mudassem, tivessem uma mudança de vida e rezassem. Aquelas três crianças, que não tinham a capacidade de entender a política da época, assim transmitiram e cem anos depois nós vemos quão sábias foram essas palavras, e agora, duas delas que morreram naquela, um ano depois, hoje foram canonizadas. Além de terem essa inspiração e essa revelação particular, os pequenos pastores viveram uma vida santa de oração, bom comportamento e muitas virtudes. A mensagem que a Igreja, juntamente com os santos Jacinta e Francisco Marto, deixa hoje é que o mundo tem jeito, pois existe muita gente boa e que reza. E por mais que tenhamos problemas a água pode ser transformada em vinho, a nossa sociedade e o coração do homem podem ser transformados. Diante de uma realidade com tantas dificuldades acho que esse é o momento de dizer ao povo: coragem, ânimo, vamos adiante buscando viver uma vida diferente, rezando e fazendo o bem. Esta é a nossa intenção ao celebrarmos os cem anos da primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima”, concluiu o arcebispo do Rio.
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Fotos: Gustavo de Oliveira
13/05/2017 - Atualizado em 13/05/2017 18:09