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Notícia - Cristologia e questões pastorais no VIII Simpósio de Teologia da PUC-Rio

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O VIII Simpósio de Teologia da PUC-Rio teve como palestrantes na tarde desta terça-feira, 3 de outubro, o bispo auxiliar do Rio, Dom Joel Portella Amado, e o padre França Miranda, teólogo. Os temas tratados foram, respectivamente, os questionamentos e propostas pastorais da V Conferência do Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM), em Aparecida, que é tema do evento, e a Cristologia no Documento de Aparecida, resultante da conferência, ocorrida em 2007, dez anos atrás.

Trabalho pastoral

Segundo Dom Joel, a proposta nova que se pode obter do documento nos dias atuais é a de voltar à experiência cristã anterior ao século IV, que tinha uma dimensão extremamente missionária.

“Precisamos apresentar continuamente a pessoa e a mensagem de Jesus Cristo, testemunhando-O numa experiência de Igreja no serviço de promoção e defesa da vida ameaçada ou agredida”, pontuou.

O documento representa, segundo ele, a capacidade de, à luz do Espírito Santo, compreender o que está acontecendo com o mundo e com o continente.

“Todos falaram da questão da mudança de época. E o documento vai dizer que é uma mudança global, que afeta o mundo. E no tempo, não acabou ainda: estamos vivendo. Por isso esse documento é ainda tão importante”, frisou.

Em sua fala, Dom Joel apresentou alguns desafios para se pôr em prática as propostas do documento de Aparecida no que diz respeito ao trabalho pastoral. Dentre eles, está o “costume”. O fato de as pessoas estarem acostumadas a fazer as mesmas coisas há séculos, como é o caso de quem segue uma religião tão antiga quanto a Católica, não favorece a transmissão da fé hoje.

O Documento de Aparecida mostra, de forma dura e pesada, que algumas estruturas que serviram em outras épocas para cumprir algum mandato evangelizador, não servem mais hoje. E o número 365 do documento diz que temos que ter ‘coragem de abandonar as estruturas ultrapassadas que já não favoreçam mais a transmissão da fé’”, ressaltou.

Sobre o discipulado de Jesus, ele afirmou que antes de mais nada, é preciso que as pessoas tenham tido um encontro real com Jesus Cristo e estejam dispostas a fazer o que ele fez ou faria. “Temos que ser coerentes e pensar ‘O que Jesus faria se estivesse no meu lugar?’. E, como discípulos, seguidores de Jesus, fazer o mesmo”, apontou ele.

Cristologia

Padre França, em sua palestra, pontuou cinco questões sobre a Cristologia no Documento de Aparecida: o encontro pessoal com Cristo, as formas de perceber o Reino, a humanização de Deus, a divinização do ser humano e os reflexos da Conferência de Aparecida no Papa Francisco. Esta última, é ressaltada pelo fato de ele ter participado do evento e ter sido o presidente da Comissão de redação do texto conclusivo documento final.

Segundo padre França, em épocas passadas, a doutrina Cristã estava presa a noções e práticas que não tinham Jesus como centro. Ficava às vezes presa no moralismo e deixava Jesus em segundo plano.

“Hoje, percebemos que estudar Cristo e entender mais sobre ele é central. Com isso, acredito que uma série de elementos mais secundários está sendo vista em função de Cristo”, afirmou.

03/10/2017 - Atualizado em 03/10/2017 19:24


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