
“Os livros publicados recentemente sobre o Vaticano parecem ter incluído afirmações falsas e divergentes sobre os gastos pessoais do Cardeal George Pell, Prefeito da Secretaria para a Economia e do próprio organismo durante 2014. Tais questões, esclarecidas em uma declaração no início deste ano, não foram, porém, citadas pelos autores das duas publicações”: este o teor de um comunicado publicado, na última sexta-feira, 6 de novembro, pela Secretaria para a Economia da Santa Sé.
Como se sabe, nesta semana, foram publicados dois livros em Roma, que falam da “imensa resistência que o Pontífice está encontrando ante os altos escalões da Igreja Católica, para implementar sua filosofia de maior sobriedade e austeridade nos gastos do Vaticano.
Os autores fazem alegações a um péssimo gerenciamento financeiro na Santa Sé, que levam a suspeitas sobre algumas operações.
Tais informações teriam como base documentos secretos obtidos de alguns membros do Vaticano. A este respeito, no último fim de semana, um eclesiástico e uma leiga, que trabalhavam no Setor das Relações públicas do Vaticano, foram detidos com a acusação de terem furtado e desviado material da Comissão para a Economia.
Por isso, em seu comunicado, a Secretaria para a Economia vaticana presta esclarecimentos sobre as especulações midiáticas concernentes às suas despesas de administração: “Os gastos de 500 mil euros, - entre março e dezembro de 2014, período após a instituição da Secretaria, - referem-se aos custos iniciais do novo organismo: compra de móveis, computadores, salários, paramentos e objetos para a Capela da Secretaria, e passagens internacionais dos nove Cardeais que compõem esta Secretaria”.
Enfim, conclui o comunicado, “o orçamento de toda e qualquer despesa da Secretaria é submetido à aprovação de todos os membros da Comissão, antes de ser colocado em prática. A mesma coisa foi feita em relação ao orçamento para este ano de 2015, cujos custos estão bem mais abaixo do ano precedente.
Foto: AP
08/11/2015 - Atualizado em 08/11/2015 18:22