O Dia Estadual do Diagnóstico Precoce do HIV, comemorado na última sexta-feira, dia 7 de abril, foi marcado por uma ação de testes rápidos na Praça Marechal Floriano, popularmente conhecida como Cinelândia, no Centro. A ação reuniu o Grupo pela VIDDA/Projeto MIX da Prevenção, Rede Jovem Rio+ a Pastoral da AIDS da Arquidiocese do Rio de Janeiro para orientar a população para a necessidade de prevenção à infecções sexualmente transmissíveis.
Na parte da tarde, profissionais de saúde capacitados realizaram exames gratuitos de diagnóstico imediato para diagnóstico do vírus HIV e material explicativo sobre formas de contágio e prevenção à doença, sempre com boa procura por pessoas de diferentes idades atentas à importância da prevenção.
Cerca de 150 mil brasileiros convivem com HIV sem saber, pois nunca fizeram o teste. Grande parte da população nunca se testou. Muitas pessoas recebem o diagnóstico quando já estão doentes. Por causa disso, 17% vão a óbito no primeiro ano do diagnóstico. O diagnóstico precoce torna o tratamento mais eficiente, evita doenças e garante qualidade de vida.
Vários municípios do Estado do Rio serão contemplados com a campanha através dos Programas Municipais de DST/AIDS, que disponibilizarão profissionais de saúde para a realização do teste rápido. O teste é feito com uma única gota de sangue coletada de um dos dedos e leva cerca de 20 minutos para ficar pronto. Caso o resultado seja positivo, a pessoa é orientada e encaminhada para o teste de confirmação. Em caso da confirmação da presença do vírus, o soropositivo poderá ser tratado até atingir a 'carga zero'.
O termo 'carga zero' significa que ocorreu supressão viral pelo tratamento, isto quer dizer que há menos de 40 cópias virais ao exame, ou seja, o vírus é indetectável e indica que o risco de transmissão é praticamente nulo e a pessoa pode ter uma vida normal, desde que faça a manutenção com medicamentos. Confirmada a 'carga zero', a mulher pode engravidar, sem risco de transmitir o vírus para o bebê.
Segundo o diácono Bernardo Rangel Tura, coordenador arquidiocesano da Pastoral da AIDS, a grande preocupação é que nenhum caso de sorologia positiva para o HIV, fique sem os encaminhamentos devidos como marcação de consulta e encaminhamento e acompanhamento para as unidades de saúde. O diagnóstico precoce torna o tratamento mais eficiente, evita doenças e garante qualidade de vida:
"É importante ressaltar que quanto antes o indivíduo identifique essas doenças e inicie o tratamento, menor é a probabilidade do adoecimento e morte. Outro aspecto importante dessa ação também é reivindicar políticas públicas para o atendimento e lutar contra o preconceito, acolhendo a pessoa com o vírus HIV, independente de sua história " - destacou.
Conheça a Pastoral da AIDS
Atenta às necessidades das pessoas que vivem com HIV, a Pastoral da AIDS tem como missão trabalhar na prevenção e contribuir com a sociedade na contenção da epidemia, envolvendo os cristão na luta contra a AIDS. Em comunhão com a Igreja, a pastoral busca evangelizar homens e mulheres revelando o amor misericordioso de Deus pelos doentes.
Através da prevenção ao HIV e assistência aos soropositivos, a Igreja busca acolher sem preconceitos todas as pessoas e a defender os direitos dos que foram infectados pela AIDS. Através da prevenção, da conscientização dos valores evangélicos a Igreja revela a presença misericordiosa de Deus e promove a vida como bem maior, segundo o ensinamento do próprio Jesus: "Eu vim para que todos tenham vida" (Jo 10,10).
Os interessados em conhecer o trabalho da Pastoral da AIDS, participar de alguma equipe ou ajudar de alguma forma ou ainda encaminhar alguém para ser orientado pela pastoral, poderão fazê-lo diretamente com o coordenador arquidiocesano da pastoral, diácono Bernardo Rangel, pelo telefone: (21) 98799-3380.
Foto: Divulgação
10/04/2017 - Atualizado em 10/04/2017 12:43