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Notícia - ‘Quero poder colaborar com ele em sua obra’

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O seminarista Marcelo Queiroz Ramos Cruz, de 32 anos, recebeu o primeiro grau do Sacramento da Ordem no dia 27 de setembro, em sua paróquia de origem, São Vicente de Paulo, no Engenho da Rainha. Sob o lema “Um só coração e uma só alma”, ele, que descobriu a vocação aos 25 anos, foi ordenado diácono pela imposição das mãos do arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta.

A vocação de Marcelo foi uma descoberta fora do padrão. A família não era religiosa e sua conversão aconteceu quando ele já era adulto, aos 20 anos. Os pais, Maria José e Divino Plácido Ramos Cruz, estão contentes com a ordenação e, por meio da vocação do de seu filho, aproximam-se cada vez mais da Igreja.

A descoberta do chamado se deu durante uma confissão com o promotor vocacional do Vicariato Suburbano, Monsenhor José Mazine. “Ele me perguntou se eu já tinha pensado em ser padre e essa pergunta foi me inquietando”, contou Marcelo.

Na época, ele estudava e queria ser militar, objetivo que chegou a alcançar. Mas, segundo ele, essa ocupação não preenchia a os requisitos do que ele entendia como felicidade plena. “Foi quando a pergunta começou a ressoar no meu coração e decidi iniciar o processo vocacional”, contou.

Antes de fazer o discernimento vocacional, atuou na paróquia de origem como auxiliar da catequese para o Crisma.

Seminário

Marcelo entrou para o seminário em 2011, depois de avaliar a vocação durante três anos. “Acredito que esse tempo foi devido a um bom acompanhamento vocacional. Os padres que me acompanharam permitiram que eu tivesse o tempo necessário para um bom discernimento”, disse.

Ele passou um ano conversando com o pároco para entender a moção que se propunha. Depois, foi para o grupo vocacional coordenado pelo Monsenhor Mazine e, por fim, entrou para o Grupo Vocacional Arquidiocesano (GVA), ligado ao seminário.

Durante os sete anos de formação, fez a chamada “Pastoral Itinerante”, processo por meio do qual os seminaristas participam do trabalho de diversas pastorais no âmbito arquidiocesano; e atuou em duas paróquias dedicadas a Nossa Senhora da Conceição: uma na Pavuna e outra em Campo Grande, onde se encontra atualmente.

Também passou dois anos ajudando o padre Leandro Lenin, então reitor do Seminário Propedêutico Rainha dos Apóstolos, com os jovens que estavam em processo de discernimento da vocação.

“Desde o ano passado, contribuo na formação dos seminaristas do Seminário Propedêutico, paralelamente aos estágios pastorais. De alguma forma, me sinto muito chamado a colaborar no discernimento vocacional de outras pessoas. E nisso, o padre Leandro Lenin foi um referencial para mim”, afirmou.

Segundo ele, o fato de estar sendo ordenado no ano em que se comemoram os 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem um significado especial, uma vez que atuou em duas paróquias dedicadas a Ela. “Eu vejo com muito carinho a intercessão dela por mim, por intermédio desse título”, assinalou.

Legado

Para Marcelo, o pároco de sua paróquia de origem, padre Marco Túlio, foi uma influência muito importante e o responsável por sua conversão.

“Eu fui à igreja pela primeira vez a convite de uma amiga e só me comprometi a voltar por causa da homilia que ele fez naquele dia. Durante todo esse tempo, ele fez muito por mim: me acompanhou, me sustentou nas conversas... A forma como administrava os sacramentos e o zelo com o qual ele conduzia a comunidade sempre me encantaram”, afirmou Marcelo.

Hoje, o rapaz se orgulha de também ter sido essa pessoa na vida de alguém: ele acompanhou a avaliação vocacional de um jovem na paróquia em que atua. “Fiz o discernimento dele na paróquia e no GVA. Hoje, ele está cursando Filosofia 1, no Seminário Maior”, contou.

Ser padre

Para Marcelo, ser padre é poder imitar Cristo em sua forma mais plena, em sua função diaconal, de serviço e amor pelo povo de Deus. “Isso é o que me encanta: poder doar a minha vida a Deus da forma como Ele deseja, onde quer que Ele deseje. Quero poder colaborar com Ele em sua obra”, afirmou.

Ele acredita que não só a sociedade de hoje como a Igreja do Rio enfrentam muitos desafios e que a formação que recebeu no seminário vai ajudar a enfrentá-los como sacerdote.

“Mas sabemos que, apesar da formação que recebemos, jamais podemos confiar somente nisso, e sim na graça de Deus que nos antecipa para que realmente seja visto o Autor da obra”, frisou.

04/10/2017 - Atualizado em 04/10/2017 15:40


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